Publicado em: 04/10/2024
O Transporte Rodoviário de Cargas desempenha um papel fundamental na economia nacional, responsável por mais de 60% do fluxo de mercadorias no Brasil, consolidando-se como o principal meio de transporte do país. Dada sua relevância, as entidades de classe se destacam como agentes indispensáveis para o desenvolvimento profissional do setor e para o fortalecimento das empresas envolvidas.
De acordo com a Secretaria do Trabalho do Ministério da Economia, o Brasil conta com 5.174 sindicatos que representam a classe empresarial. Essas instituições têm como objetivo defender os direitos das empresas e seus trabalhadores, atuando como organizações civis sem fins lucrativos, criadas pela união de pessoas ou de empresas. Elas são essenciais para promover a evolução e a transparência no setor.
Em um mercado altamente competitivo e exigente, como o de transporte de cargas, a preparação profissional dos empresários desse setor se torna um diferencial, sendo possível alcançá-la por meio da associação das transportadoras às entidades de classe, que proporcionam o acesso a informações relevantes e à troca de experiências.
Gislaine Zorzin, diretora Administrativa e de Novos Negócios da Zorzin Logística – empresa especializada no transporte de produtos químicos – compartilha sua visão sobre a importância dessas instituições atualmente: “O impacto das entidades no nosso setor é essencial. Através delas, temos acesso a informações fundamentais para o nosso negócio, tanto no âmbito trabalhista quanto no legislativo, além de processos, procedimentos e atualizações das principais mudanças nas leis”.
Esse suporte, proporcionado pelas entidades de classe, fortalece o elo entre as empresas, promovendo a colaboração e o compartilhamento de boas práticas. Gislaine também destaca sua experiência pessoal: “Eu era uma profissional antes de me engajar nas associações e, hoje, sou outra. O crescimento é constante, com benchmarkings, troca de ideias e desenvolvimento de projetos. As oportunidades que surgem nesse ambiente são tantas que não me vejo mais fora das entidades de classe”.
Atualmente, Gislaine é ativa em várias dessas entidades, como a Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados – ABICLOR; a Associação Brasileira de Transporte e Logística de Produtos Perigosos – ABTLP e o Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região – SETCESP. Além disso, faz parte do Conselho Superior da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística – NTC&Logística e, em 2025, assumirá o cargo de diretora Institucional da ABTLP.
Ela também coordena o Movimento Vez&Voz, um projeto focado na inclusão de mulheres no Transporte Rodoviário de Cargas (TRC) e no fomento da diversidade: “O Movimento Vez&Voz é relativamente novo, mas já foi muito bem acolhido pelas empresas, agregando grande valor. Desde que comecei a coordenar o projeto, o número de mulheres na Zorzin Logística aumentou exponencialmente, esse também é um dos benefícios de estar presente nas entidades”, comenta a executiva.
A representatividade das entidades de classe é vital para defender os interesses do setor de Transporte Rodoviário de Cargas, ao mesmo tempo em que promove visibilidade e reconhecimento para a área.
Com o setor em plena expansão, Gislaine compartilha suas expectativas para o futuro: “Quanto mais incentivarmos essa colaboração, melhor para todas as empresas. Espero que nosso setor continue crescendo, com um movimento forte, como vemos nos núcleos da COMJOVEM, núcleos nos quais jovens empresários trocam conhecimento com os mais experientes e promovem eventos que disseminam informação. Isso é essencial para aprimorarmos continuamente as políticas e práticas no Transporte Rodoviário de Cargas”.
Seja na busca por melhores condições de trabalho, na modernização tecnológica ou na defesa de políticas públicas mais eficazes, as entidades de classe são fundamentais para a evolução contínua do Transporte Rodoviário de Cargas no Brasil.
Fonte: NTC&Logística