Publicado em: 12/12/2023
As principais commodities que o Brasil exporta têm
fortalecido a indústria e feito o país se tornar o “supermercado do mundo”. O
Brasil tem se consolidado como maior exportador mundial de alimentos
industrializados em volume, com 64,7 milhões de toneladas em 2022, superando os
Estados Unidos. A informação é da Folha de S.Paulo.
Há um crescente beneficiamento de produtos brutos, que
impulsionam cadeias industriais, nos setores de petróleo e mineração. Apesar
disso, o país tem se destacado na alimentação: o Brasil reúne 38 mil empresas
com 2 milhões de empregos formais e diretos, o que faz com que o setor seja o
maior ramo da indústria de transformação, com 24,3% de participação no total de
vagas.
A cadeia produtiva ainda inclui outras 10 milhões de pessoas,
segundo a Abia (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos). Esse valor
corresponde a 12% de todas as pessoas que trabalham no país.
Os principais mercados para os alimentos industrializados do
país são a China (17,7% de participação), os 22 países da Liga Árabe (16,3%) e
União Europeia (15,3%). O país ainda representa 75% do comércio global do suco
de laranja, com um faturamento de R$ 2,7 bilhões ao ano e com a geração de 200
mil empregos diretos e indiretos.
Nos últimos sete anos, as exportações de alimentos
industrializados saltaram de US$ 35,2 bilhões para quase US$ 60 bilhões, um
aumento de 72%. O setor processa 58% do valor da produção de alimentos do campo
e grãos brutos têm participado cada vez mais da engrenagem industrial para os
mercados interno e externo.
A indústria de transformação em geral teve um encolhimento de
-1,2% entre janeiro e setembro de 2023, mas a de alimentos registrou um
crescimento de 3,9%, enquanto a de petróleo teve alta ainda maior, de 4,8%.
Petróleo, minério e agronegócio têm sido os principais
responsáveis pelos saldos comerciais positivos do Brasil. Neste ano, a
diferença entre exportações e importações deve chegar a quase US$ 100 bilhões.
Isso gera um reforço nas reservas internacionais, de cerca de US$ 350 bilhões,
e afasta o país de uma possível crise externa por falta de dólares.
Fonte: Diário do Centro do Mundo/ Foto:
Shutterstock
