Publicado em: 03/10/2024
O Brasil sofreu mais de 2 mil ataques cibernéticos por dia no primeiro semestre do ano. Em números absolutos, foram 372.825 investidas em seis meses, mostra levantamento da empresa da área de segurança Netscout. O balanço indica crescimento de 4,3% em relação ao período anterior e se refere a ataques do tipo DDoS, que causam interrupções nas redes de informática de setores de prestação de serviço e indústrias, entre outros.
De acordo com o Relatório de Inteligência de Ameaças, o top 5 dos setores/ indústrias mais atacados pelos cibercriminosos no país foram processamento de dados e serviços relacionados (24.753 ataques); operadoras de telecomunicações com fio (20.438); transporte RODOVIáRIO de cargas gerais (19.851); portais de busca na web e outros serviços de informação (7.511), e organizações religiosas (4.204).
Segundo a Netscout, os ataques DDoS empregam tecnologias e métodos inovadores para causar interrupções generalizadas nas redes. A lentidão ou paralisação dos serviços impacta indústrias e empresas ao comprometer fluxos de receita, atrasar operações essenciais, reduzir a produtividade e aumentar significativamente os riscos organizacionais.
No mundo, também houve aumento no número de ataques, especialmente na Europa e no Oriente Médio, no primeiro semestre do ano. A duração das investidas foi variável, com 70% delas por menos de 15 minutos.
A escalada dos ataques envolve diversos atores de ameaças, incluindo hacktivistas, que visam infraestruturas críticas nos setores bancários e financeiros, governamentais e serviços públicos. Indústrias-chave, que já vêm enfrentando ataques multivetoriais frequentes e intensos, registraram aumento de 55% nos últimos quatro anos, indica o relatório.
“As atividades de hacktivismo continuam a causar problemas para organizações globais, com ataques DDoS cada vez mais sofisticados e coordenados contra múltiplos alvos simultaneamente”, diz Richard Hummel, diretor de inteligência de ameaças da Netscout. “Com adversários utilizando redes mais resilientes e difíceis de desmantelar, a detecção e a mitigação tornam-se mais desafiadoras. Este relatório oferece às equipes de operações de rede informações valiosas para ajustarem suas estratégias e se manterem à frente dessas ameaças em constante evolução”, diz.
Fonte: NTC&Logística