Publicado em: 27/09/2023
Ao longo do tempo, o transporte
rodoviário de cargas (TRC) tem sido visto como uma das principais fontes de
emissões de gases de efeito estufa no Brasil. De acordo com o Observatório do Clima, em 2019, dos 47% totais de emissões de energia, o
transporte de cargas foi responsável por 40%. Essas emissões são devido à
queima de combustíveis fósseis, em especial gasolina e diesel. Num contexto
geral, existe uma enorme dependência sobre hidrocarbonetos fósseis, cerca de
86%, a maioria atribuída ao TRC, já que o diesel é uma das principais fontes de
energia no segmento.
Para o Sindicato das Empresas de
Transportes de Cargas no Estado do Paraná – Curitiba (Setcepar), entidades e
empresas do setor têm um papel fundamental na agenda de redução de emissões até
2030, meta do governo federal para a redução de emissões de carbono em 50%
conforme prometido na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças
Climáticas (COP26). “Por meio de investimentos em tecnologias limpas,
adoção de práticas sustentáveis, participação em programas de compensação de
carbono, advocacia por políticas ambientais e educação e conscientização,
podemos contribuir significativamente para o cumprimento dessa promessa”,
avalia o presidente do sindicato, Silvio Kasnodzei.
As organizações sentem a
necessidade da ampliação do projeto para descarbonização devido à crescente
preocupação com as mudanças climáticas e a instância de reduzir as emissões de
gases do efeito estufa. Atualmente, a entidade possui uma comissão de
ESG (sigla para sustentabilidade ambiental, social e de governança
corporativa) para que lida com a sustentabilidade e, em parceria com
a Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do
Paraná (FETRANSPAR), oferece a aferição de emissões de fumaça dos veículos
gratuitamente para empresas associadas. Além disso, há comitês internos de
conscientização para os colaboradores sobre economia de energia e uso da água,
bem como a utilização de fontes limpas e sustentáveis de energia, como placas
solares fotovoltaicas.
Até o momento, essas placas já
acumularam dados de 7319 árvores cortadas evitadas, 133 toneladas de CO2
evitados e de 53 toneladas de carvão economizados. A descarbonização leva
as indústrias a obterem benefícios econômicos, como a redução de custos com
energia e a melhoria da imagem do setor perante consumidores e investidores que
valorizam a sustentabilidade.
A ampliação do projeto também
pode ser impulsionada por políticas públicas que incentivam a descarbonização e
a adoção de fontes renováveis de energia. “O setor já demonstrou avanços
significativos no tema, com a adoção de tecnologias mais limpas e eficientes, a
utilização de biocombustíveis e a implementação de práticas sustentáveis em
toda a cadeia logística. No entanto, ainda há muito a ser feito e é visível a
urgência de organizações comprometidas em continuar trabalhando para reduzir as
emissões de carbono e contribuir para um futuro mais sustentável”, analisa o
presidente.
Fonte: Assessoria SETCEPAR / Foto: Divulgação
