Publicado em: 07/05/2025
O Grupo paranaense AIZ, indústria referência na fabricação de implementos rodoviários e com o maior showroom de equipamentos multimarcas a pronta entrega do Brasil, celebra um marco inédito em sua trajetória: a produção de uma inovadora prancha semirreboque, denominada Semirreboque Carrega Tudo AIZI de mais de 120 Toneladas, a única do Brasil, uma peça gigante e robusta. O projeto especial foi encomendado pela Vale do Rio Doce, para a Mina de Carajás, a maior mina a céu aberto do mundo, localizada no Pará.
Após meses de desenvolvimento e fabricação das peças, uma operação complexa e ousada de transporte do equipamento está em ação, conectando o Paraná e o Pará, com 18 carretas. A maior peça, o chassi central, conhecido como “pescoço, de 46 toneladas, foi dividido em três partes e é a última remessa a seguir viagem para Carajás.
"Estamos muito orgulhosos de demonstrar a qualidade e a inovação que nossa engenharia pode oferecer. Acreditamos nas capacidades da nossa indústria. Esse projeto é um reflexo do potencial brasileiro em setores como produção de peças gigantes, logística e transporte," afirma Jhony Dorini – gerente operacional do Grupo AIZ.
O semirreboque robusto foi projetado especialmente para garantir segurança e eficiência no transporte de máquinas de grande porte, como tratores D11 sobre esteiras, perfuratrizes e escavadeiras. “A prancha é inovadora porque eliminará o uso de rampas de material, que eram necessárias com a prancha antiga que a Vale utilizava. Com o Carrega Tudo AIZI, todo o sistema de suspensão abaixa e posiciona a plataforma no chão, criando uma rampa naturalmente, garantindo segurança e estabilidade durante o carregamento," explica Dorini, destacando ainda que o sistema hidráulico é acionado por controle remoto, o que proporciona uma significativa economia de tempo na operação.
“A AIZ foi muito parceira nossa nesse desenvolvimento, pra falar a verdade, foi o único fornecedor nacional que topou esse desafio, então isso pra gente é de grande valia. É um projeto robusto, um equipamento novo, personalizado e com critérios nossos estabelecidos”, afirma Rui Melo, analista de frotas do Complexo Carajás.
Este feito não só ressalta a capacidade técnica da indústria paranaense, mas tem instigado a curiosidade de todos que acompanham a operação nas estradas.
“Estamos lidando com um projeto que mexe com a estrutura logística do país e, ao mesmo tempo, coloca o Brasil em evidência no setor de transportes de grande porte. O envolvimento da comunidade é fundamental, e os populares que assistirem a essa ação poderão testemunhar um momento histórico”, afirma Jhony Dorini.
O transporte das partes do Semirreboque, composto por 18 carretas, partiu de São José dos Pinhais, Paraná, com destino a Parauapebas, Pará, com previsão de percurso de aproximadamente 3 mil quilômetros. O trajeto atravessa seis estados brasileiros: Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Tocantins e Pará, utilizando rodovias principais como a BR-116, BR-381, BR-135, BR-242, BR-153 e BR-222. "Este itinerário foi meticulosamente planejado para otimizar a eficiência e segurança do transporte, levando em consideração as condições das rodovias e a logística envolvida”, descreve o gerente operacional do Grupo AIZ.
Serão transportados, individualmente, dois chassis centrais (as maiores peças), dois chassis laterais esquerdos, dois chassis laterais direitos, além de escadas, plataformas e conjuntos hidráulicos, totalizando seis carretas. "Esse processo logístico das 18 carretas levará em torno de 25 dias, envolvendo colaboradores da equipe de engenharia da AIZ, da Vale do Rio Doce e da Tranpes”, explica Dorini.
O porta-voz da empresa destaca a importância do apoio dos órgãos públicos. "Todos os órgãos que regulam o transporte, como o DER, Denit e PRF, foram acionados para garantir as autorizações especiais necessárias para o trânsito das peças, que excedem os padrões convencionais. Essa colaboração é vital para a fluidez da operação.”
Toda a operação representa um investimento significativo, não apenas para o Grupo AIZ, mas também para a economia regional e nacional. O investimento desde o início do projeto, desenvolvimento, fabricação e transporte, passa dos R$ 50 milhões de reais.
Fonte: Diário Indústria & Comércio
