Publicado em: 12/12/2023

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,28% em novembro, segundo o IBGE. No mês anterior, em outubro, o índice havia registrado alta de 0,24% (houve uma variação de 0,04 ponto percentual). No ano, a inflação acumulada do país é de 4,04% e, nos últimos 12 meses, de 4,68%.

 

A pesquisa da Reuters apontava que analistas esperavam uma alta de 0,30% no mês.

 

O que ficou mais caro?

 

No IPCA de novembro, seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta. O destaque ficou para o grupo de alimentação e bebidas, que registrou a maior variação (0,63%) e o maior impacto (0,13 p.p.). O grupo já vinha de uma alta de 0,31% em outubro.

 

Segundo André Almeida, gerente do IPCA, temperaturas mais altas e o maior volume de chuvas influenciaram a colheita de alimentos no país. Os mais afetados são os alimentos mais sensíveis ao clima, como é o caso dos tubérculos, dos legumes e das hortaliças.

 

A cebola (26,59%), batata-inglesa (8,83%), arroz (3,63%) e as carnes (1,37%) tiveram as maiores altas. Os itens pressionaram a variação de 0,75% do subgrupo alimentação no domicílio. Entre as quedas, a pesquisa destaca o tomate (-6,69%), a cenoura (-5,66%) e o leite longa vida (-0,58%).

 

A alimentação fora do domicílio também subiu em novembro (0,32%). No entanto, houve desaceleração em relação ao mês anterior, quando o aumento foi de 0,42%. A alta da refeição (0,34%) também for menor que a registrada em outubro (0,48%).

Veja como ficou a inflação por grupos em novembro:

 

?       Alimentação e bebidas: 0,63

?       Habitação: 0,48

?       Artigos de residência: -0,42

?       Vestuário: -0,35

?       Transportes: 0,27

?       Saúde e cuidados pessoais: 0,08

?       Despesas pessoais: 0,58

?       Educação: 0,02

?       Comunicação: -0,50

 

O grupo Habitação foi outro destaque do IPCA de novembro, com uma alta de 0,48%. André Almeida explicou que o item foi influenciado por diversos reajustes que foram aplicados por concessionárias de serviços públicos.

 

A energia elétrica residencial fechou o mês com preços 1,07% acima do mês anterior. O aumento foi impactado por reajustes em quatro áreas: Goiânia (6,13%), Brasília (4,02%), São Paulo (2,80%) e Porto Alegre (0,91%). Os preços na taxa de água e esgoto também apresentaram alta de 1,02%.

 

O impacto veio dos reajustes em Fortaleza e no Rio de Janeiro (7,60%). O gás encanado subiu 0,29%, por conta do reajuste médio de 0,98% também aplicado no Rio de Janeiro (0,94%).

 

Passagens aéreas continuam pressionando o índice

 

O grupo de transportes teve alta de 0,27%, influenciado mais uma vez pelos preços da passagem aérea (19,12%). O subitem segue apresentando a maior contribuição individual (0,14 p.p.) no índice.

 

Já os combustíveis caíram 1,58%. Gasolina (-1,69%) e etanol (-1,86%) tiveram redução de preço, enquanto o óleo diesel (0,87%) e o gás veicular (0,05%) registraram alta. O grupo também foi afetado pela alta do táxi (2,22%), resultado de reajustes aplicados em São Paulo (6,02%) e Porto Alegre (5,69%).

 

Fonte: Uol/ Foto: Roberto Gardinalli/Futura Press/Estadão

IPCA sobe 0,28% em novembro, puxado pela alta de alimentos