Publicado em: 22/08/2023
Os dois primeiros leilões de concessão de rodovias do atual governo federal acontecem nos dias 25 e 29 de setembro. Tratam-se de dois lotes – dos seis a serem concessionados – do pacote Rodovias Integradas do Paraná. Mas os principais grupos operadores de infraestrutura veem o negócio com cautela.
Tanto a EcoRodovias (ECOR3) quanto a CCR (CCRO3) estudam ainda a entrada na disputa. A favor está o fato de serem lotes de muito tráfego, já que envolvem trechos que passam pela região metropolitana da capital paranaense.
Marcelo Guidotti, CEO da EcoRodovias disse a analistas do mercado, para comentar os resultados do segundo trimestre, que os sistemas que vão a leilão são bastante “conhecidos e resilientes”.
O executivo, no entanto, reclamou que “são dois lotes que têm taxa de retorno inferior ao que está sendo usado por outros projetos”.
E acrescentou que “é preciso avaliar os riscos alocados, a complexidade do capex e o fato de que são rodovias que há dois anos não estão sendo recuperadas”.
Ele considera que neste último ponto pode-se trazer um custo a mais inicial e prejudicar a taxa de retorno à concessionária.
Leilão de Rodovias: Seletividade nos projetos
Como a EcoRodovias tem novas concessões com extensas obras a serem executadas, a expressão usada pelo CEO para os futuros leilões é “bastante critério”.
“Vamos ser mais seletivos e seguramente iremos escolher os projetos que sejam confortáveis à nossa capacidade (financeira)”, disse Guidotti.
Enquanto isso, Waldo Perez, CFO da CCR (CCRO3), também pontuou que o grupo está sendo criterioso com a participação nos próximos leilões de rodovia.
“Com relação aos lotes do Paraná, há como sempre, os competidores, que devem ser os mesmo, que tem ido frente a frente conosco”, disse.
“Vale lembrar que isso está em análise e os retornos estão um pouco apertados nesses dois lotes”, complementou o executivo da CCR, durante teleconferência para comentar os resultados do 2º trimestre.
Assim como a EcoRodovias, a CCR olha de muito perto a alta alavancagem e compromissos com as recentes concessões conquistadas. Mas crescimento orgânico segue no radar.
Fonte: Info Money