Publicado em: 13/08/2024
De modo geral, 68% das companhias filiadas à Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL) reconhecem que as concessões melhoraram a qualidade das vias, apesar do aumento dos custos, muito impactados pelos valores de alguns pedágios.
O uso predominante do modal rodoviário pelos operadores logísticos foi enfatizado pela diretora-executiva da ABOL, Marcella Cunha, durante a participação na Bienal das Rodovias, em Brasília. “Os avanços percebidos estão nos quesitos infraestrutura e segurança em relação a acidentes, então consideramos, especificamente, melhor pavimentação e sinalização das vias e maior responsividade em casos de acidentes”, disse.
Entre as principais atividades realizadas pelos OLs estão o transporte rodoviário fechado de cargas (92%) e o fracionado (63%). A cabotagem fica apenas com 12%, o ferroviário com 5% e o aéreo nacional, com 27%. Vale destacar que o segmento é formado por mais de 1,3 mil empresas, de pequeno, médio e grande portes.
Marcella integrou o painel "Sustentabilidade na relação com os usuários: o que os clientes esperam das concessões das rodovias?". Ao debater o tema, ela também mostrou a satisfação dos OLs associados à entidade diante das rodovias concedidas à iniciativa privada, considerando-as boas, regulares e ótimas.
Por outro lado, foram mais críticos sobre as rodovias não concedidas, sendo vistas como regulares (50%), ruins e péssimas. “Ao contrário da pesquisa de 2023 da Confederação Nacional do Transporte (CNT), que revela que boas e ótimas somam quase 23% dos respondentes”, mencionou a diretora-executiva da ABOL.
Segundo ela, o único ponto da segurança ainda mal avaliado é o roubo de cargas que vai ao encontro das respostas dos OLs de que poderá haver melhor controle e monitoramento do tráfego. Receberam boas avaliações, como “as rodovias que deram certo”, a Autopista Régis Bittencourt (BR-116/SP/PR), a CCR Rio/SP (BR-116/101/SP/RJ), a Autopista Fernão Dias (BR-381/MG/SP) e a Ecovias do Cerrado (BR-364/365/MG/GO).
“Concluímos que as rodovias concedidas acabam compensando, pois trazem menor prejuízo aos OLs na conta final, quando consideramos valor de pedágio, custos com manutenção e gastos com consumo extra de diesel em pavimentações em más condições”, ressaltou.
Fonte: Mundo Logística