Publicado em: 25/11/2024

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua  (Pnad Contínua), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última sexta-feira (22), apontam que o número de mulheres ocupadas atingiu 2,617 milhões no Paraná no 3º trimestre de 2024. Esse resultado é o maior da série histórica disponível, que foi iniciada no 1º trimestre de 2012 – naquele ano eram 2,176 milhões.


Em relação ao 2º trimestre deste exercício, quando o total de mulheres paranaenses ocupadas alcançou 2,575 milhões, o incremento foi da ordem de 42 mil. Já em comparação ao mesmo período do ano passado, o recente resultado divulgado representa aumento de 116 mil mulheres em atividade laboral no Estado, o que demonstra o aquecimento do mercado de trabalho local.


Consequentemente, a taxa de desocupação feminina apresentou recuo expressivo, caindo para 4,8% no 3º trimestre deste ano. A título de ilustração, no 1º trimestre de 2019, 11,3% das paranaenses que procuravam emprego não alcançavam o objetivo, ou seja, a taxa de desocupação entre as mulheres declinou para menos da metade no Paraná nos últimos seis anos.


Em decorrência da crescente demanda pelo trabalho feminino, os salários pagos às mulheres do Paraná também vêm evoluindo. De acordo com o IBGE, o rendimento médio das paranaenses atinge atualmente R$ 2.958 mensais, superando em 3,5% a média referente ao período de maio a junho deste ano e em 7,9% o valor registrado no 3º trimestre de 2023. É o quinto maior salário do País.


Segundo Jorge Callado, diretor-presidente do Ipardes, os efeitos positivos da expansão do mercado de trabalho paranaense são abrangentes, beneficiando homens e mulheres e todas as faixas de idade e instrução. “É a política social com os resultados mais efetivos”, afirma.


A secretária da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte, disse que os dados divulgados mostram um avanço significativo e decisivo na economia. “As mulheres têm se tornado cada vez mais protagonistas, em especial em setores-chaves da economia. A luta por um mercado de trabalho mais justo e igualitário precisa ser constante. A promoção da igualdade de gênero não pode se limitar à presença das mulheres, mas deve abranger as condições em que elas atuam, os salários que recebem e as oportunidades que têm para crescer e se desenvolver profissionalmente”, destaca.


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O secretário estadual de Trabalho, Qualificação e Renda, Mauro Moraes, destaca que a participação do público feminino em mutirões de emprego e demais ações realizadas pelo Governo do Estado tem sido de grande importância para ampliar a força de trabalho das mulheres em todos os setores, em especial no que elas buscam oportunidades tradicionalmente direcionadas aos homens. "Para garantir a inclusão de trabalhadoras em áreas que crescem junto com a economia paranaense, oferecemos projetos de qualificação. Com isso, é possível encaixá-las em vagas nos setores da indústria e construção civil, por exemplo", cita Moraes. Como exemplo de ação neste sentido, o secretário cita uma parceria desse ano da pasta com o Senai para abertura de um curso na área de construção civil exclusivo para mulheres. 


DESEMPREGO EM QUEDA – A mesma pesquisa indica que o Paraná registrou a 5ª menor taxa de desemprego do País no terceiro trimestre de 2024, de 4%. O índice é 0,4 ponto percentual menor em relação ao segundo trimestre (4,4%). É o terceiro melhor resultado da série histórica, iniciada em 2012, e também abaixo da média nacional, de 6,4%.


O índice registrado no terceiro trimestre deste ano fica atrás somente do 4º trimestre de 2013 e do 4º trimestre de 2014, em que, em ambos os anos, a taxa de desocupação foi de 3,8%. Com o resultado de agora, o Paraná se aproxima de sua melhor marca histórica, indicando o bom ambiente econômico e a confiança do setor privado no Estado. Desde o 2º trimestre de 2023 esse índice é menor que 5% no Paraná.


Confira a série história da Pnad Contínua sobre emprego feminino AQUI .

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Fonte: Governo do Estado do Paraná

Paraná alcança número recorde de mulheres no mercado de trabalho: 2,6 milhões