Publicado em: 26/01/2024
No Paraná, o aumento das temperaturas e a falta de chuvas
regulares prejudicaram o desenvolvimento da safra de soja no Estado. O milho de verão também foi impactado.
Diante desse cenário, o governo paranaense já contabiliza as perdas para a
economia local. Segundo a secretaria estadual da Agricultura, levando-se em
conta somente as reduções de safra estimadas para a soja até o momento, o valor que deixaria
de ser transacionado no Paraná está em torno de R$ 5 bilhões.
O Departamento de Economia Rural (Deral), reduziu para 19,2
milhões de toneladas a projeção para colheita de soja estadual. O número é 11,9% menor que
o previsto no mês passado. Também houve ajuste para área plantada com a
oleaginosa, revista para 5,7 milhões de hectares, levemente abaixo das 5,8
milhões projetadas inicialmente.
“Era uma situação que infelizmente já estávamos prevendo”,
disse, em nota, Norberto Ortigara, secretário da Agricultura.
Mas, apesar das perdas paranaenses e brasileiras, a
expectativa de produção mundial ainda é boa. Em seu último relatório de oferta
e demanda, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apontou
produção de 399 milhões de toneladas. “Se ficar em torno disso, o preço deve
continuar pressionado”, disse o analista de soja do Deral, Edmar Gervásio.
Ainda segundo ele, o andamento da colheita de soja no Paraná, que chegou a 12% da área,
pode apresentar novas perdas.
“O viés é negativo e à medida que a colheita avança é
possível que novas perdas sejam observadas”, afirmou Gervásio.
Sobre a produção de milho primeira safra, o Deral reduziu sua
projeção de 2,9 milhões de toneladas para 2,6 milhões de toneladas. A área
plantada caiu 5,6%, prevista em 291,5 mil hectares.
Fonte: Globo Rural/ Foto: Gilson Abreu / AEN
