Publicado em: 20/11/2023
As primeiras maçãs saídas dos
pomares de São Jerônimo da Serra, no Norte do Paraná, começam a colorir a
estação e dão início à safra dessa fruta no Paraná. São da cultivar Eva,
desenvolvida pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater
(IDR-Paraná).
A informação está no Boletim de Conjuntura Agropecuária relativo à semana
de 10 a 16 de novembro. O documento é preparado pelo Departamento de Economia
Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento
(Seab).
“A baixa exigência em frio para
a quebra da dormência invernal e a precocidade tornam a maçã Eva uma fruta de
arrancada, dando início ao ciclo de colheitas da fruta”, salientou o engenheiro
agrônomo Paulo Andrade, analista de Fruticultura no Deral. Segundo ele, a
seguir será a vez da variedade Gala, a ser extraída entre janeiro e março,
complementada pela Fuji, do final de fevereiro até meados de maio.
A maçã é cultivada em 33,3 mil
hectares no Brasil, sendo a 14.ª fruta em área, a 12.ª em volumes colhidos, com
1,3 milhão de toneladas, e a 10.ª em Valor Bruto de Produção (VBP), atingindo
R$ 710,4 milhões em 2022. Santa Catarina, com 572,3 mil toneladas (54,7%), Rio
Grande do Sul, com 435,3 mil toneladas (41,6%), e o Paraná, com 26,5 mil
toneladas (2,8%), participam em 99% das colheitas nacionais.
As 26,5 mil toneladas do Paraná
foram produzidas em 984 hectares, resultando em R$ 52,3 milhões de VBP em 2022.
A produção estadual está mais concentrada na Região Metropolitana de Curitiba,
Sudoeste do Estado e nos Campos Gerais. O município de Palmas é o principal
produtor, com 8,5 mil toneladas, seguido pela Lapa (5,1 mil t), Campo do
Tenente (4,5 mil t) e Porto Amazonas (3,3 mil t). A fruta tem presença
comercial em outros 37 municípios do Paraná.
MILHO E SOJA – O plantio da
primeira safra de milho 2023/24 caminha para o final. Nesta semana foram
alcançados 96% da área de 314 mil hectares. As lavouras apresentam boas
condições em 81% da área, enquanto 16% são consideradas medianas e 3%, ruins.
A soja está com 84% dos 5,8
milhões de hectares semeados. A cultura tem 88% de situação boa, 10% mediana e
2% ruim. De um modo geral, as condições dos últimos dias foram favoráveis para
o avanço do plantio dos grãos.
FEIJÃO E TRIGO – O plantio do
feijão avançou quatro pontos percentuais na semana e atingiu 90% da área de
111,4 mil hectares. O maior atraso está na região de União da Vitória, onde
apenas 25% dos 13 mil hectares foram plantados. De modo geral, a cultura se
desenvolve lentamente. O solo encharcado dificulta os tratos culturais.
As chuvas nas últimas semanas
prejudicaram a qualidade do trigo. Até o início de outubro, aproximadamente 70%
da produção estimada em 3,8 milhões de toneladas tinha sido colhida em
condições normais de pluviometria. Os 30% restantes foram atingidos pelas
chuvas e as condições das lavouras se deterioraram. Resta 1% da área de 1,4
milhão de hectares para colher.
CARNE BOVINA E FRANGO – O
boletim registra ainda que as exportações de carne apresentaram queda,
principalmente em razão de baixa no pagamento feito pela China, responsável por
cerca de 60% das importações. Em setembro de 2022 o país asiático pagava US$
6.356 por tonelada, enquanto em setembro deste ano reduziu para US$ 4.662.
Sobre o frango, o registro do
documento é que o custo de produção da ave viva em aviário tipo climatizado em
pressão positiva, no Paraná, atingiu R$ 4,22 por quilo em setembro. O valor é
R$ 0,04 por quilo menor que em agosto e 23,31% menor que os R$ 5,49 por quilo
de setembro de 2022.
Fonte: Notícias Agrícolas
/ Foto: Divulgação/IDR-Paraná
