Publicado em: 30/11/2023
Um levantamento divulgado pela Confederação Nacional dos
Transportes (CNT) nesta quarta-feira (29) colocou as rodovias paranaenses entre
as melhores do Brasil. De acordo com os critérios estabelecidos pelo estudo
anual, que analisou 6.386 quilômetros de estradas no Estado, 40,8% dos trechos
das rodovias paranaenses foram classificados como bons ou ótimos e 43,2% como
regular.
Os números do Paraná estão acima da média nacional, que
registrou 32,5% de trechos considerados bons ou ótimos, 41,4% de regulares e
26,1% de ruins ou péssimos na somatória dos 26 estados e do Distrito Federal.
O Estado também apresentou evolução no comparativo com os
próprios dados contidos no estudo de 2022 da CNT. Houve um aumento de 3,3
pontos percentuais na avaliação positiva, que passou de 37,5% (sendo 26,2% bom
e 11,3% ótimo) para os atuais 40,8% (28,3% bom e 12,5% ótimo) na avaliação
geral.
Entre os critérios avaliados, estão as condições do
pavimento, acostamentos e pontes, faixas adicionais, existência de trechos
perigosos, sinalização e a visibilidade dos motoristas que trafegam pelas
rodovias. Cada critério macro foi subdivido em outros indicadores específicos
que podem ser consultados na pesquisa completa da
CNT.
O cálculo dos indicadores estabelecidos coloca as rodovias do
Paraná nas melhores condições da região Sul. No Estado, 12,5% dos trechos são
avaliados como ótimo, enquanto esse percentual é de 9,4% em Santa Catarina e de
5% no Rio Grande do Sul. Na outra ponta, o Paraná também possui menor
percentual de trechos considerados péssimos, com apenas 2,6% do total, ante
3,3% no Rio Grande do Sul e 8% em Santa Catarina.
O Paraná também é líder da região no critério de
classificação por sinalização. O ranking leva em conta a presença e
visibilidade de placas de regulamentação, indicação e advertência, dispositivos
auxiliares e a sinalização horizontal existente no pavimento, como pinturas das
faixas centrais e laterais. Neste quesito, o Estado registra 53% de avaliação
ótima ou boa, contra 30,2% de Santa Catarina e 29,9% do Rio Grande do Sul. Na
média nacional, o índice é de 40,1% de avaliação positiva.
Outro critério avaliado pela CNT foi a composição das
rodovias, que no estudo foi chamado de Geometria da Via. Na prática, o
indicador avalia o percentual de pistas simples ou duplas, a presença ou não de
faixas adicionais para ultrapassagem, a existência de barreiras ou canteiros
centrais para separação das vias em sentidos opostos e as condições de pontes e
viadutos, incluindo a proteção contra quedas.
Novamente, o Paraná apresenta índices melhores do que a média
nacional e os melhores do Sul do Brasil. A avaliação da Geometria da Via aponta
que 40,7% das rodovias analisadas no Paraná são boas ou ótimas. O mesmo
critério tem 34% de aprovação na média nacional, 31,7% no Rio Grande do Sul, e
30,7% em Santa Catarina.
MELHORIAS – Mesmo já figurando entre os melhores
estados do País, a perspectiva do Paraná é de continuar melhorando no ranking
de rodovias nos próximos anos. Isso se deve à perspectiva de investimentos de
mais de R$ 50 bilhões por meio do pacote de novas concessões rodoviárias, em
que dois lotes já foram leiloados, e que serão aplicados em melhorias de 3,3
mil quilômetros de rodovias federais e estaduais.
Além das parcerias com a iniciativa privada, o Governo do
Estado também está executando outros R$ 8 bilhões em obras de infraestrutura e
logística com recursos próprios e de outros parceiros, como a Itaipu Binacional
e os municípios.
O DER/PR ainda prepara para 2024 três novos programas de
conservação: Programa de Manutenção/Conservação do Pavimento - ProMAC,
contemplando cerca de 10.000 km de rodovias; Programa de Conservação da Faixa
de Domínio - ProFaixa, que consiste basicamente na limpeza dos dispositivos de
drenagem e sinalização e controle da vegetação ao longo das rodovias; e
Programa de Manutenção da Pista e da Faixa de Domínio (Novas Concessões) -
ProIntegra, concebido para atender aos trechos de rodovias estaduais que constam
no rol de rodovias que estão em processo de concessão.
PESQUISA – Em sua 26ª edição, na Pesquisa CNT de Rodovias os
dados de 2023 foram coletados por 20 equipes de pesquisa, que, saindo de 12
capitais, avaliaram 111.502 quilômetros em 32 dias. Cada equipe foi alocada em
uma rota, recebendo instruções específicas para o seu trajeto.
Os dados utilizados foram obtidos por meio de análise visual
em campo, captura de imagem em vídeo com posterior avaliação via inteligência
artificial, mapeamento prévio em escritório, a partir das bases de dados de
edições anteriores da pesquisa e de outras bases georreferenciadas de uso
público. Ao fim da coleta, os dados obtidos pelas três fontes foram processados
em conjunto para gerar a avaliação.
Fonte: AEN/ Foto: Alessandro Vieira/CC
