Publicado em: 16/05/2024
O setor de
serviços avançou 0,4% em março, depois de cair 0,9% no mês anterior. Com o
resultado, a taxa ficou 12,1% acima do nível registrado no período da
pré-pandemia, em fevereiro de 2020. E ficou 1,5% abaixo do ponto mais alto da
série histórica, em dezembro de 2022. Os dados são da Pesquisa Mensal de
Serviços (PMS), divulgada nesta terça-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação
do acumulado para o primeiro trimestre de 2024, com igual período de 2023, o
setor apresentou crescimento de 1,2%. Já nos últimos 12 meses, a alta é de
1,4%.
Das cinco
atividades investigadas, quatro tiveram expansão. Com crescimento de 4%, o
setor de informação e comunicação foi o principal destaque para o mês,
eliminando a perda de 2,5% registrada em fevereiro. Desde janeiro de 2017 que a
atividade não tinha um avanço tão intenso. Naquele momento, a alta atingiu
8,2%. Outro comportamento positivo, em março de 2024, é que o setor também
alcançou o patamar mais alto da série histórica.
De acordo com o
gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, as altas de um conjunto de serviços
investigados dentro de serviços de tecnologia da informação são o motivo da
expansão. Entre eles, estão desenvolvimento e licenciamento de software,
portais, provedor de conteúdo e ferramenta de busca da internet e consultoria
em tecnologia da informação (TI).
“São tipos de
serviços que têm um mercado muito dinâmico, que envolve muita inovação,
principalmente depois da pandemia, quando acelerou a informatização de muitas empresas
e serviços”, explica a publicação do IBGE, pontuando ainda que o segmento de
receita de empresas de TV aberta colaborou com a alta dessa atividade.
A atividade de
profissionais, administrativos e complementares também teve desempenho
importante e registrou alta de 3,8%. Com isso, se recupera da queda de 2,1% no
mês anterior. Segundo Lobo, as influências partiram dos serviços de engenharia;
dos de administração de programas de fidelidade e de cartões de desconto, assim
como a intermediação de negócios por meio de aplicativos, sendo os dois últimos
ramos em franca expansão no pós-pandemia.
“O que se
observa nos últimos meses, é que, em geral, os serviços voltados às empresas
são mais dinâmicos. Assim, estão ditando o ritmo do setor de serviços, mais do
que os serviços voltados às famílias”, disse o gerente.
As atividades
de transportes (0,3%) e serviços prestados às famílias (0,6%) também tiveram
expansão em março. Já a de outros serviços ficou estável.
TURISMO
Depois de
recuar por dois meses seguidos, quando acumulou queda de 1,9%, o índice de
atividades turísticas subiu 0,2% em março, em relação a fevereiro. Com isso, o
segmento chegou a 2,3% acima do patamar de pré-pandemia e 5,3% abaixo do ponto
mais alto da série, em fevereiro de 2014.
Na comparação
com fevereiro, cinco dos 12 locais pesquisados registraram expansão. A mais
positiva foi na Bahia (9,8%), seguida por Santa Catarina (4,5%) e Paraná
(2,6%). Em movimento contrário, São Paulo recuou 1,6%, Distrito Federal, 6,2% e
Rio de Janeiro, 0,8%, e foram os destaques negativos.
O agregado
especial de atividades turísticas no primeiro trimestre de 2024 apontou
elevação de 0,4% ante igual período de 2023.
Com o segundo
resultado negativo seguido, o volume de serviços de transporte de passageiros
recuou 1,8%. Ainda em março, o segmento estava 5,6% abaixo do nível
pré-pandemia e 27,7% abaixo do ponto mais alto da série histórica em fevereiro
de 2014. No acumulado do primeiro trimestre do ano, perdeu 7%.
O volume do
transporte de cargas caiu 0,2% em março de 2024, após recuo de 1,6% em
fevereiro. “O volume de serviços do segmento ficou 7,1 % abaixo do ponto mais
alto de sua série [julho de 2023] e 33,5% acima do patamar pré-pandemia. No
acumulado do primeiro trimestre do ano, variação positiva de 0,3%”, informa o
IBGE.
Conforme a
Pesquisa Mensal de Serviços, 13 das 27 Unidades da Federação (UF) apresentaram
elevação no volume de serviços em março. O impacto positivo mais importante
veio de São Paulo (1,1%), Rio de Janeiro (1,1%), Minas Gerais (1,2%) e Espírito
Santo (5,1%). Em movimento contrário, Rio Grande do Sul recusou 3,6%, seguido
por Mato Grosso (7,6%), Distrito Federal (4%) e Mato Grosso do Sul (9,7%).
PRIMEIRO
TRIMESTRE
Também no
acumulado do primeiro trimestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023,
houve taxas positivas em quatro das cinco atividades. Além disso, ocorreu
avanço em 54,8% dos 166 tipos de serviços investigados. O setor mais positivo
foi informação e comunicação (5,5%). As outras expansões foram em
profissionais, administrativos e complementares (2,9%); serviços prestados às
famílias (5,5%); e dos outros serviços (1,5%). A única queda no primeiro
trimestre (3,5%) ficou com transportes, serviços auxiliares aos transportes e
correio.
Ainda no
período, 19 das 27 UFs registraram expansão na receita real de serviços em
março. Os destaques positivos foram Rio de Janeiro (4%), Minas Gerais (4,4%),
Paraná (4,6%), Santa Catarina (5,5%) e Distrito Federal (9%). Já as influências
negativas mais importantes foram São Paulo, com queda de 0,3%, Mato Grosso
(5,6%), Mato Grosso do Sul (3,8%), Rio Grande do Sul (0,8%) e Goiás (1,9%).
PESQUISA
De acordo com o
IBGE, os indicadores produzidos pela Pesquisa Mensal de Serviços permitem
acompanhar o comportamento conjuntural do setor no país, “investigando a
receita bruta de serviços nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais
pessoas ocupadas, que desempenham como principal atividade um serviço não
financeiro, excluídas as áreas de saúde e educação”.
“Esta é a
décima quinta divulgação da nova série da pesquisa, que passou por atualizações
na seleção da amostra de empresas, além de alterações metodológicas, com o
objetivo de retratar mudanças econômicas na sociedade”, explica o IBGE.
Fonte:
NTC&Logística