Publicado em: 09/02/2022
Um
grupo que reúne as maiores entidades empresariais do Paraná enviou nesta
terça-feira (8) ofício ao Ministério da Economia e à superintendência da
Receita Federal pedindo o fim da chamada Operação Padrão.
A operação é uma vistoria mais minuciosa
das cargas e foi adotada pelos auditores em reação à aprovação do Orçamento de
2022 pelo Congresso Nacional sem previsão de reajuste salarial para a
categoria. Além disso, eles reclamam da diminuição de verba para o órgão
O documento enviado à Economia e à
Receita afirma que a greve provoca graves efeitos no setor produtivo do estado,
com prejuízo diário de cerca de R$ 4 milhões só na região de fronteira.
Os
empresários também demonstram preocupação com a saúde e segurança dos
caminhoneiros, mencionando a exposição ao calor da região, e as condições
precárias de higiene e alimentação.
O presidente do grupo, Fernando Moraes,
diz que os efeitos poderão ser sentidos em breve pelos consumidores.
"Já estamos
sofrendo bastante com essa pandemia e agora que esperávamos uma recuperação,
acontece essa operação tartaruga, podemos falar dessa forma. Com isso, vai
faltar produtos nas prateleiras, fica parada a questão de importações,
exportações e com isso falta produto nas indústrias e consequentemente na nossa
prateleira vai estar faltando ou subindo preço", cita o documento.
Nesta terça-feira (8), cerca de 2,5 mil caminhões
aguardavam a liberação de cargas entre Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná e Cidade do Leste,
município paraguaio na divisa com o Brasil.
O motorista Luiz Antônio Antoniolli relata que
ficou quinze dias na fila de espera para entrar no Paraguai e teme que o mesmo
ocorra no retorno para o Brasil. Ele questiona as autoridades para que algo
seja feito.
"Alguma autoridade, alguém precisa tomar conta
disso. Precisam criar vergonha na cara. Desse jeito não pode ficar de jeito nenhum",
afirma.
Flávio Bernardino de Carvalho, representante do
Sindicato dos Fiscais da Receita Federal, explicou que, se o orçamento da
Receita Federal não for recomposto, a situação irá piorar ainda mais.
"Com corte de 52% do nosso orçamento
operacional, os serviços da receita tendem a entrar em colapso, no final de
maio, junho, inclusive com suspensão de pagamento ao nosso principal fornecedor
de sistema de informática. [sic] imagine, com os sistemas da receita parados,
não se controlam os sistemas de comércio exterior, não se controlam
importações, exportações. Tudo isso leva a uma quebra, na prestação de serviço
público para o empresariado, para a população. Parece que o G7 percebeu a
urgência, o perigo desse corte orçamentário."
Fonte:
G1
