Publicado em: 21/01/2022
Atualmente, falar sobre o mercado mundial e não citar a
pandemia da Covid-19 não é mais uma realidade. De longe, esse fator foi o
grande responsável por modificar a realidade na qual os negócios estão
inseridos e por fazer com que todos os profissionais se adaptem a uma nova
maneira de desenvolver suas atividades, de revolucionar seus serviços e de
inovar seus produtos para se manterem firmes no campo de atuação.
Esse “novo normal” interferiu nos mais diversos segmentos,
porém é inegável o quanto transformou o setor de transporte de cargas e
logística, sendo um dos mais afetados pelas crises e um dos mais importantes
para a progressão do desenvolvimento econômico e social do país. No primeiro
ano de pandemia no Brasil, em 2020, houve uma queda de 8% nos fretes nos
primeiros seis meses. Contudo, o número de cargas transportadas só nas rodovias
aumentou 62% em comparação ao ano anterior.
Entretanto, além do novo coronavírus, outras duas crises chegaram nesse tempo para mostrar como o setor pode ser instável e como as empresas precisam se adaptar rapidamente às mudanças. A escassez de contêineres, elevando o frete marítimo a valores jamais vistos, e o aumento do diesel que, em 2021, subiu 44,6% nos postos de combustíveis do país, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), foram outras eventualidades que também impactaram a área.
Diante disso,
o Luiz Gustavo Nery, diretor comercial do Grupo Rodonery Transportes, comenta
como lidar com essas dificuldades no âmbito profissional. “Superar as crises
também faz parte e, por isso, o primeiro passo é não ignorar o problema. É
preciso entender qual o verdadeiro cenário e o quanto ele pode afetar o seu
negócio. Ter o controle dos custos para reduzi-los ao máximo possível, analisar
os recursos alocados de maneira eficiente, renegociar os preços e os prazos com
os fornecedores e expandir o portfólio são algumas atividades que podem organizar
a empresa e contribuir positivamente nesses momentos de vulnerabilidade”.
O serviço de transporte é um dos mais relevantes para a
economia e, com a retomada da indústria e com o reequilíbrio entre oferta e
demanda, tende a evoluir gradativamente mais nos próximos anos. Ainda de acordo
com Luiz, voltar ao valor adequado do frete marítimo, reabastecer os
contêineres nas principais áreas afetadas, aumentar o volume de cargas escoadas
e avançar na indústria nacional são apenas alguns dos fatores que ajudarão
neste processo.
“As crises sempre poderão estar à espreita do negócio,
principalmente para aqueles que não estiverem atentos às constantes
transformações, mas ter a sabedoria para administrá-las é o fator crucial para
a reinvenção. Acredito que estamos no início de um futuro promissor e inovador
do transporte de cargas, principalmente mais tecnológico, e devemos estar
prontos para fazer jus a essa posição com, cada vez mais, criatividade,
inovação e adaptabilidade”, finaliza o diretor comercial.
Fonte:
FETRANCESC