Publicado em: 08/11/2024
Durante a Fenatran 2024, foi realizado o 3º Fórum de Mulheres no Transporte e Logística. Na tarde desta quinta-feira (7), o Espaço de Conteúdo da maior feira de transporte rodoviário de cargas (TRC) se dedicou a debater a participação feminina no setor transportador. O Fórum discutiu os desafios e as oportunidades para as mulheres no setor de transporte e logística, além de promover a geração de negócios por meio da diversidade de ideias e perspectivas.
A Fenatran 2024 ocorre até essa sexta-feira (8), no São Paulo Expo. Uma iniciativa da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), o evento é realizado pela RX Brasil, com o apoio da NTC&Logística e da Anfir (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários). A CNT (Confederação Nacional do Transporte) é uma das parceiras da feira.
O Fórum de Mulheres foi cuidadosamente organizado sob a curadoria de Ana Jarrouge, presidente executiva do Setcesp (Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de SP e Região) e idealizadora do movimento Vez e Voz, que incentiva a participação feminina no TRC.
O evento contou com um painel sobre políticas públicas para fomentar a participação feminina no setor de transporte rodoviário de cargas.
Uma das painelistas foi Eliana Costa, diretora adjunta do ITL (Instituto de Transporte e Logística). Na ocasião, ela abordou a importância de tornar o setor mais atraente para mulheres e jovens, os benefícios da gestão feminina e as contribuições do ITL para aumentar a participação de mulheres em cargos de liderança nas transportadoras.
Eliana ressaltou que, atualmente, as mulheres representam 59% do quadro de colaboradores e 56% dos cargos de liderança no Sistema Transporte, composto pela CNT, pelo SEST SENAT e pelo ITL. Nas capacitações promovidas pelo Instituto, as mulheres também estão presentes. "Com 32% de participação feminina nos cursos do ITL, estamos formando líderes que trazem inovação e excelência para transformar o setor. Promover a igualdade de gênero e incentivar um ambiente de trabalho que valorize o crescimento profissional feminino são compromissos que assumimos diariamente", afirmou a diretora.
A idealizadora do movimento Vez e Voz, Ana Jarrouge, destacou a relevância de realizar um fórum dedicado às mulheres no transporte dentro da maior feira de transporte rodoviário de cargas (TRC) da América Latina. "Estamos em um ambiente repleto de oportunidades, negócios, relacionamentos e conexões importantes. Tudo o que fazemos aqui ganha uma dimensão nacional. Para nós, enquanto movimento, é muito significativo, pois queremos trazer visibilidade a esse tema e ressaltar que ainda há poucas mulheres no setor, algo que precisa de nossa atenção", ressaltou Jarrouge.
De acordo com o índice de equidade apresentado pelo movimento Vez e Voz, a presença feminina no setor de transporte tem aumentado, alcançando o patamar de 26%. No entanto, a participação de mulheres em cargos de alta liderança e nas funções de motoristas permanece baixa. "Fóruns como este são fundamentais, pois entendemos que o incentivo é progressivo, em que um inspira o outro. Como entidade de classe, nossos papéis são fomentar essa mudança, orientar as empresas e ajudar a construir caminhos compartilhados para uma maior equidade no setor", afirmou a presidente do Setcesp.
Os caminhos para a descarbonização
Nessa quarta-feira (6), o Espaço de Conteúdo da Fenatran sediou o 7º Fórum de Transporte Sustentável, que trouxe à pauta as estratégias de ESG (ambiental, social e governança) e compartilhou cases de sucesso e boas práticas de empresas de transporte de cargas e logística.
Gustavo Willy, analista de Transportes da CNT, integrou o painel que discutiu os caminhos para a descarbonização do transporte rodoviário de cargas.
Na oportunidade, o analista apresentou dados sobre a renovação de frota de caminhões, destacando os ganhos ambientais e os investimentos financeiros necessários para sua implementação. Segundo ele, mais da metade da frota de caminhões com cadastro ativo no RNTRC (Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas) tem mais de 13 anos. “E a renovação desses veículos teria um custo líquido estimado de R$ 529,54 bilhões, resultando em um ganho ambiental de 80,5% em relação ao cenário atual", informou Willy.
Em outubro deste ano, a CNT publicou uma edição da série Transporte em Foco dedicada à renovação de frota. A publicação evidencia o potencial de redução de emissões no Brasil, com investimentos focados na atualização da frota de caminhões, apresentando diferentes cenários que apontam os ganhos ambientais e o volume de recursos necessários para viabilizá-los. Clique aqui para ver a íntegra do estudo.
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Fonte: CNT