Publicado em: 05/09/2022
Uma pesquisa da empresa HeroSpark, plataforma que auxilia
empreendedores digitais, mostrou que 24% dos jovens das classes A, B e C com
até 30 anos são empresários e que 60% querem ter um negócio próprio no futuro.
Ainda segundo a pesquisa, cerca de 67% dos jovens buscam a independência
financeira e 39% a autonomia no trabalho. Além disso, 33% ainda disseram que
querem ter um tempo mais flexível e 31% afirmaram querer oferecer um
produto/serviço inovador no mercado.
Um setor que tem se destacada nesse engajamento é o de
transporte rodoviário de cargas, que vem sendo impulsionado pela postura das
novas gerações de se autodesenvolverem, de ajudar no crescimento das suas
respectivas empresas e, consequentemente de enriquecer o setor que é
responsável pela movimentação da economia do país.
Aos 30 anos, o gerente administrativo da TKE Logística,
Franco Gonçalves explica como foi o processo de integração na empresa e como a
busca da evolução e a mudança de cultura tem beneficiado a sua adaptação no
segmento.
“Sempre estive envolvido, visto que esporadicamente
acompanhava meu pai em operações (visitas a empresas, postos, mecânicas,
sinistros, entre outros). Mas oficialmente, comecei a trabalhar dentro da TKE
em tempo integral com 17 anos, após me formar no ensino médio”, conta Franco.
“Minha integração na TKE não foi algo simples. Comecei em
uma empresa com poucas pessoas trabalhando, muito centralizada e que passava
por grandes desafios a cada ano que passava, como financeiros e comerciais.
Porém, com o tempo, foram surgindo oportunidades para participar de diferentes
setores, reuniões diretivas, eventos e, com isso, fui tentando aproveitar cada
ensinamento que me era apresentado. Acredito que, observar os meus colegas de
trabalho, perguntando e tentando entender como tudo era feito, me ajudou nesse
processo”, descreve o executivo.
Esse modelo de gestão na integração da juventude é uma das
estratégias que as empresas do TRC com o perfil familiar têm implementado tanto
para o “passar do bastão” como para entender que é necessário a inclusão de
pessoas que ajudaram no desenvolvimento da empresa.
Entretanto, essas empresas acreditam que o processo de
integração de novas lideranças no modelo familiar seja mais fácil. Para Franco,
no entanto, o ambiente favorável não o torna mais fácil. “Ser ou não uma
empresa familiar não é algo que vai facilitar ou dificultar um processo de
mudança de gestão, até porque temos dados de que apenas 36% das empresas
sobrevivem à passagem para a segunda geração”.
Com o objetivo de auxiliar nesse processo de desenvolvimento
dos empresários do transporte rodoviário de cargas, foi criada, em 2009, a
Comissão de Jovens Empresários e Executivos da NTC&Logística (COMJOVEM).
Seus objetivos são preparar os futuros comandantes do setor e atuar como uma
conexão entre os jovens empresários e as entidades, as empresas e a sociedade,
gerando valor, integração e atuação sustentável como um todo. O projeto conta
com 26 núcleos em oito estados do Brasil, incluindo Bahia, Minas Gerais, Pará,
Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Além
disso, há mais de 500 integrantes e 400 empresas de transporte associadas.
Essas iniciativas têm sido vistas como muito promissoras e
positivas para os empresários, que, por meio de eventos, de palestras e de
reuniões, oportunizam a troca de experiências e de conversas que contribuem
para a evolução de cada um. Franco, um dos participantes do núcleo, garante
grande parte do seu desenvolvimento com essa participação.
“A COMJOVEM abriu para mim toda uma nova janela de
conhecimentos e de oportunidades que eu não tinha até então. Estabeleci
oportunidades de networking com pessoas de diversas partes do país,
participei de cursos e tive contato com profissionais que talvez eu não teria
tido sem ela”, relata Franco Gonçalves.
No cenário apresentado, com as novas tecnologias em ascensão
e com cursos preparatórios em diversas áreas, as empresas têm se atentado aos
detalhes e começado a entender a importância de pessoas mais “frescas” de
cabeça para ajudar no crescimento como um todo.
“Acredito que as oportunidades têm crescido bastante para
essa área (transporte rodoviário de cargas). Aqui na TKE temos na equipe
pessoas que entram através do programa menos aprendiz; indicados/apadrinhados
por amigos e familiares; e porque mostraram interesse em vir conversar
pessoalmente conosco e passaram no processo seletivo”, destaca o executivo.
Segundo Franco, mercado está sempre aberto a pessoas
dinâmicas que se mostrem interessadas em aprender, se atualizarem, serem
proativas, auferir novas responsabilidades e que tenham uma boa relação
interpessoal.
Para Franco, os jovens empresários precisam contribuir com o
desenvolvimento profissional e esquecer a ideia de que têm algum lugar
garantido na mesa apenas porque são da família. “Mostre que você é digno
baseado na sua competência e dedicação, e não haja como alguém que está ali por
direito. Avalie se vale a pena você estar na empresa naquele momento, e procure
se desenvolver como profissional. E aconteça o que acontecer, respeite a
organização, porque ela está ali graças às pessoas ao seu redor”, finaliza o
empresário.
Fonte: LeiaJá / Foto: Divulgação/Franco
Gonçalves
.jpeg)