Publicado em: 12/05/2022

Responsável por 30% do PIB (Produto Interno Bruto) do Paraná, com destaque na produção de grãos, como trigo, soja e cevada, o agronegócio tem mostrado, em meio à atual crise econômica, porque é o setor mais competitivo da economia brasileira, mantendo uma expansão, contrariamente aos indicadores já interpretados como números de uma recessão.

O agronegócio paranaense cresce e mantém sua liderança na exportação e distribuição de produtos. Apesar disso, o setor ainda enfrenta dificuldades de infraestrutura que impedem um impulsionamento ainda maior da cadeia produtiva.

A logística de transporte, envolvida com os diferentes modais e infraestruturas, é elemento estratégico para o crescimento e a competitividade do agronegócio brasileiro. O transporte de produtos desde as áreas de origem até os pontos de consumo ou exportação é assunto de âmbito e abrangência interministerial, por não se restringir apenas aos aspectos relacionados a produção agropecuária, mas por envolver e depender, também, da infraestrutura viária, em todos os modais, além dos portos e capacidade de armazenagem, esta que deve ser também bem dimensionada.

Segundo dados da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), o escoamento de toda essa produção é feito principalmente pelas rodovias, que representam 61% da matriz de movimentação de cargas no território nacional e formam um dos maiores corredores de exportação por via terrestre na América Latina.

Nesse cenário, a cadeia produtiva de infraestrutura acompanha junto aos órgãos competentes, as ações que envolvam projetos e obras estruturantes que impactem na logística do agronegócio brasileiro, com vistas a viabilizar um adequado e eficiente escoamento da produção agropecuária. “Isso envolve visitas técnicas aos diversos corredores, para aferir as reais condições da infraestrutura existente, ensejando a formulação de propostas para as adequações na busca de soluções duráveis e estratégicas na conexão entre grandes centros produtores, consumidores e portos de exportação”, comenta o gerente da regional Sul da Associação Brasileira de Cimento Portland, Alex Maschio.

O governador Carlos Massa Ratinho Junior confirmou recentemente o investimento de mais de R$ 130 milhões em rodovias do Paraná. O pacote inclui a ordem de serviço de cinco obras e um projeto, além de autorização da licitação de outras duas obras e de um anteprojeto. Todas as iniciativas serão realizadas pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), vinculado à Secretaria de Estado da Infraestrutura e Logística (Seil).

“Esses recursos são fruto do planejamento do Governo do Estado, que reduziu o tamanho da máquina pública para poder ter condições de investir. São contornos, terceiras faixas e readequações em rodovias que estão transformando o setor logístico do Paraná. Planejamento e organização que certamente trarão novos investimentos para o Estado”, destacou o governador.

A tecnologia do whitetopping, já utilizada no Brasil e em outros países, está sendo aplicada pela primeira vez na recuperação de uma rodovia estadual do Paraná. A PRC-280, na região Sudoeste, recebe obras que utilizam essa técnica, que trata do uso do concreto na reabilitação de pavimentos asfálticos deteriorados sem necessidade de grandes obras, pois é aplicado diretamente sobre o asfalto danificado. “Além de ser uma solução mais econômica e sustentável, apresenta uma longa durabilidade – pode ultrapassar 30 anos -, com a consequente redução dos custos com manutenção”, expõe Maschio.

Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), a técnica deve reduzir pela metade o tempo de execução das obras e possibilitará uma economia de aproximadamente R$ 40 milhões.


Fonte: O Presente Rural / Foto: Arquivo/OP Rural

Malha rodoviária de qualidade é vital para o agronegócio e o desenvolvimento do Paraná