Publicado em: 30/05/2022
Apesar da
preocupação de empresas de transporte de carga, caminhoneiros autônomos e
motoristas em geral em relação à conservação das estradas do Paraná que estão
sem o contrato de pedágio, o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná
(DER-PR) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit)
afirmam que todos os trabalhos estão sendo feitos, por meio dos contratos
temporários, para preservar as condições de segurança.
As rodovias do
antigo Anel de Integração são compostas por trechos estaduais e federais, que
vinham sendo administrados pelas concessionárias até novembro de 2021, quando
venceram os contratos de concessão. Em dezembro, tanto DER quanto Dnit
assinaram contratos temporários com empresas terceirizadas para garantir os
serviços de manutenção das estradas, até que um novo contrato de concessão seja
estabelecido, o que é previsto para 2023.
Sob a
responsabilidade do DER estão as estradas estaduais que totalizam 964,52
quilômetros. E o Dnit cuida dos 1.535,48 quilômetros das federais.
O DER mantém
cinco contratos, no valor total de R$ 93,4 milhões. Desse total, R$ 9,7 milhões
já foram investidos, segundo o órgão do governo estadual.
Segundo o DER,
foram realizadas em dezembro de 2021 roçadas nas laterais das rodovias e
instalados os canteiros de obras, com as melhorias no pavimento iniciando em
janeiro deste ano. Os serviços incluem remendos superficiais e profundos,
reperfilagem e microrrevestimento. É realizado também o controle da vegetação
próxima ao pavimento, limpeza e recomposição de elementos de drenagem, e
limpeza e recomposição da sinalização e de dispositivos de segurança viária.
Ainda segundo o
DER, os serviços são feitos de forma rotineira e contínua, priorizando as
rodovias com maior movimento e maior necessidade de intervenções. Trabalhadores
percorrem a malha rodoviária, verificando as condições das rodovias e alertando
os responsáveis.
Usuários
podem comunicar problemas e notificar os responsáveis
“Os usuários
também podem notificar os escritórios regionais ou a ouvidoria do DER-PR quanto
ao surgimento de buracos ou problemas semelhantes”, informa o Departamento. “Se
o problema for identificado como de baixo risco, é relatado ao fiscal que
poderá alterar a programação dos serviços para priorizar o trecho danificado.
Caso a patologia apresente risco aos usuários, o local poderá ser sinalizado e
receber serviços paliativos, até a frente de trabalho ser deslocada",
esclarece o órgão.
Já o Dnit
informa, por meio de nota, que monitora e fiscaliza permanentemente as rodovias
federais com o apoio de empresa supervisora, que auxilia na definição de ações
voltadas à manutenção preventiva e corretivas. Segundo o órgão federal, o serviço
de tapa-buracos é mais demandado após períodos chuvosos, mas é uma ação
rotineira, sendo realizada durante toda a execução do contrato.
De acordo com o
Dnit, a evolução do desgaste natural de um pavimento depende de diversos
fatores desde a concepção e execução do projeto original até a execução da
manutenção/conservação deste pavimento, considerando excessos de peso, volumes
de tráfego e intempéries climáticas.
Transportadoras,
caminhoneiros e motoristas reclamam
De acordo com a
Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná
(Fetranspar), os problemas mais comuns relatados por transportadoras são
buracos, pedaços de pneus na pista, atendimento demorado, e iluminação precária
em pontos onde antes se tinha boa visibilidade.
“Os problemas
são mais visíveis entre Curitiba e Guarapuava e entre Curitiba e o Porto de
Paranaguá. O atendimento não é igual ao realizado por empresas administradoras
de rodovias”, relata a Fetranspar. Ainda segundo a Federação, na BR-277, em
direção ao litoral, a iluminação está muito precária.
O presidente do
Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos do Paraná (Sindicam), Josemar Bueno, diz
que os serviços emergenciais hoje nas estradas do Paraná são ruins e morosos.
“Só quando o mato está entrando na pista acontecem as roçadas, além disso as
balanças não funcionam”, relata.
Um leitor da
Gazeta do Povo, por meio de mensagem enviada ao jornal, também reclama da
sinalização precária na BR-277 no sentido Litoral-Curitiba. “Tenho utilizado a
rodovia BR-277 para voltar de nosso Litoral e tenho percebido dificuldade para
ver a sinalização, pois as placas estão muito sujas. Durante todo o trecho
da subida e descida da Serra do Mar a sinalização é praticamente inexistente. A
fuligem dos escapamentos dos caminhões gruda nas placas, que ficam invisíveis à
noite. Logo, logo, pode haver um acidente grave por falta de sinalização”,
observa o leitor.
Em resposta, o
Dnit, responsável pelo trecho, informa que "as recomposições da
sinalização vertical (placas) existente são executadas com frequência, de
acordo com a necessidade, bem como as complementações e atualizações".
"Conforme verificado no cronograma do contrato de execução dos serviços de
manutenção rodoviária, a limpeza das placas neste segmento específico está
prevista para o início do próximo mês", acrescenta o órgão federal.
Fonte: Gazeta
do Povo / Foto: Divulgação/DER
