Publicado em: 02/08/2022
O 5G é um dos
avanços tecnológicos mais aguardados no Brasil. Segundo a Thales Group, empresa
francesa que comercializa sistemas de informação, a taxa de dados desta
tecnologia é de até 10 Gbps, ou seja, 10 vezes o potencial das redes 4G e 4.5G,
além de ter latência de 1 milissegundo e banda larga mil vezes mais rápida por
unidade de área.
Para os empresários
do transporte rodoviário de cargas, responsável por 65% de todo o escoamento da
produção brasileira, a chegada do 5G no Brasil promete revolucionar a forma
como as suas empresas operam, transferem e organizam as informações de toda a
cadeia de suprimentos.
Dentro dos
processos logísticos, existe uma forte demanda por controle descentralizado,
monitoramento, mobilidade e previsibilidade. Em outras palavras, a comunicação
entre os clientes e fornecedores e até mesmo dentro da empresa precisa ser
feita da forma mais assertiva e ágil possível.
Segundo o diretor
operacional da Zorzin Logística, Marcel Zorzin, com a chegada do 5G, a troca
desses dados dentro da empresa será imediata, fazendo com que os processos
fluam de maneira eficiente. Isso também chega na gestão de frotas, em que é
necessário realizar o monitoramento constante do equipamento para prevenir
acidentes.
De acordo com o
gestor, essa tecnologia, unida às diversas outras já implementadas nos veículos
fabricados atualmente, permitirá o acompanhamento de métricas em tempo real com
o caminhão em movimento. “A opção permitirá que o gestor tenha um panorama mais
assertivo do que precisa ser feito para prolongar a vida útil da frota”,
adiciona.
Marcel ainda
comenta sobre como essa novidade contribuirá no processo. “Ela transformará a
gestão de frotas em tempo real com todas as informações sobre os veículos, como
ele está, quanto rende por litro, entre outras. Dessa forma, podemos montar e
apurar uma checklist de forma imediata e acessível e efetuar ações precisas.”
Apesar dos
benefícios, o país ainda tem que vencer alguns impasses estruturais e
logísticos para usufruir 100% da capacidade dessa nova tecnologia. Segundo
dados da Associação Brasileira de Infraestrutura para as Telecomunicações
(Abrintel), o Brasil possui cerca de apenas 1% de cidades prontas para receber
o 5G.
Com relação ao
aspecto empresarial, Marcel destaca que os principais desafios para a adequação
da tecnologia 5G serão o alto custo e o treinamento dos motoristas. “Sabemos
que novas tecnologias chegam ao país com um alto custo. Além disso, será
necessário treinar os nossos profissionais para que eles consigam utilizar o
máximo da capacidade dessa nova tecnologia e, em consequência, o valor
investido seja revertido em diferenciais para a empresa”.
Entretanto, mesmo
com esses desafios, o empresário está otimista com relação à implementação do
5G em sua empresa. “Espero que possamos utilizá-lo na Zorzin Logística e que o
retorno do custo-benefício seja rápido, o que eu tenho certeza de que será”,
finaliza.
Fonte: Guia Marítimo / Foto: divulgação