Publicado em: 14/12/2022
O Paraná ganhou nesta terça-feira (13) uma nova unidade
frigorífica da Frimesa em Assis Chateaubriand, na região Oeste. É a maior
indústria de suínos da América Latina. O Governo do Estado, por meio do
Instituto Água e Terra (IAT), entregou a Licença de Operação da unidade aos
investidores, o que permite o início das operações do frigorífico.
Só neste projeto, o maior da história da cooperativa, foram
investidos R$ 1,3 bilhão. Com a nova unidade, serão gerados 8.500 empregos
diretos e indiretos e cerca de R$ 600 milhões em impostos. O faturamento
estimado é de R$ 5,7 bilhões.
A operação na nova unidade está programada para iniciar em
março de 2023. A industrialização de carnes triplicará a produção de suínos da
cooperativa, já que a nova estrutura diminuirá as distâncias e os custos no transporte
dos animais.
A capacidade de abate será de 7.880 suínos por dia, uma
média de 550 por hora, totalizando 1,8 mil toneladas/dia, mas o objetivo é que,
em 2032, o número suba para 15 mil suínos processados por dia.
Isso ocorrerá em três etapas. Após o início da operação,
entre 2023 e 2025, a estimativa de produção é de 3,7 mil cabeças por dia. Entre
2026 e 2028, o número deve subir para as 7,8 mil cabeças. Na terceira etapa,
entre 2029 e 2031, a meta é atingir mais de 11 mil cabeças por dia.
O vice-governador Darci Piana, que participou da
inauguração, afirmou que a instalação da nova unidade terá um impacto
significativo na economia de Assis Chateaubriand e de toda a região. “Serão 8,5
mil empregos diretos, mais os indiretos, que devem superar os 15 mil, com tudo
que envolve esse complexo de produção. Isso vai permitir que muita gente tenha
oportunidade de renda, impulsionando a economia. Geração de emprego é uma
locomotiva do desenvolvimento”, ressaltou.
"O Paraná, maior produtor de proteína animal do País,
ganha um novo investimento. A industrialização desse mercado é um caminho sem
volta. Estamos gerando inovação, tecnologia e alimentos para todo o mundo, o
que nos orgulha", complementou Piana.
O projeto é peça-chave para o futuro da cadeia produtiva de
suínos desde a base primária. A escolha da localização da nova unidade, a 150
quilômetros de distância da sede, em Medianeira, também no Oeste, se deu por
conta da concentração de produtores na região e, por isso, deve promover ainda
mais desenvolvimento no Oeste.
“Seguimos o exemplo já adotado em Cafelândia, Medianeira,
Palotina. Na medida em que trazemos mais gente para o lugar, uma coisa puxa a
outra. Daqui uns anos teremos uma mudança radical porque criamos oportunidade
para as pessoas trabalharem e produzirem riqueza em Assis Chateaubriand”,
destacou o diretor-presidente da Frimesa, Valter Vanzella.
A Frimesa completou 45 anos em 2022 e ainda tem o foco no
mercado interno, mas as exportações da cooperativa cresceram de 5% para 25% do
total produzido nos últimos anos. "A nossa cadeia produtiva é organizada,
conta com um sistema de rastreabilidade, e temos planejamento para crescer.
Essa nova agroindústria contou com a colaboração de 200 empresas. A obra durou
três anos e agora conseguimos um desfecho animador para todos",
acrescentou.
IMPACTOS – Os impactos da nova Frimesa serão
sentidos em todas as esferas. De acordo com o prefeito de Assis
Chateaubriand, Valter Aparecido Correia, os primeiros resultados na economia do
município já foram observados. “Sentimos esses impactos desde que a Frimesa
começou a ser projetada. Pessoas começaram a vir pra cá, o município já vem se
organizando. E a partir de 2023, quando começar a operação de fato, teremos um
aumento em média de 30% a 40% na arrecadação do município”, comemorou.
Segundo o secretário estadual de Agricultura e
Abastecimento, Norberto Ortigara, a conquista do Paraná como área livre de
febre aftosa, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal, com
potencial de abertura de novos mercados no Exterior, foi determinante para esse
investimento.
“A Frimesa investiu aqui para produzir carne suína para os
mercados interno e externo. E a nossa conquista de área livre de febre aftosa
contribuiu para essa decisão. É uma empresa grande, que pensa nos mercados em
geral, trabalha conosco a ideia do Paraná estar presente no mundo”, ressaltou.
Foto: Ari Dias/AEN
SUSTENTABILIDADE – Priorizando uma produção mais
sustentável, a nova unidade frigorífica terá um sistema para reaproveitamento
de águas e eficiência energética. Para o processamento da carne suína, serão
utilizadas soluções para garantir o bem-estar e diminuir o estresse animal.
Além disso, esta será primeira planta de suínos do Brasil a utilizar biometano
na flambagem dos suínos.
FRIMESA – A Frimesa Cooperativa Central é uma
empresa brasileira, fundada há 45 anos, em 13 de dezembro de 1977, em Francisco
Beltrão. Com sede em Medianeira, na região Oeste, é a 4ª maior empresa
paranaense de abate e processamento de suínos e está entre as dez maiores empresas
do Brasil de recebimento de leite. Atualmente, conta com seis unidades
industriais, e atua em todo o mercado nacional e internacional, exportando para
diversos países.
PRESENÇAS – A inauguração contou com a presença
do secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Everton Souza; do
ex-governador e deputado federal eleito Beto Richa; do deputado federal Luiz
Nishimori; do deputado federal eleito Dilceu Sperafico; do deputado
estadual Marcel Micheletto (líder do Governo); do superintendente federal do
Ministério da Agricultura no Paraná, Cleverson Freitas; do presidente da
Ocepar, José Roberto Ricken; dos diretores-presidentes do BRDE, Wilson Bley
Lipski; da Copagril, Ricardo Sílvio Chapla; da C.Vale, Alfredo Lang; da
Copacol, Valter Pitol; da Primato, Anderson Sabadin, e da Lar, Irineo da Costa
Rodrigues; além do diretor executivo da Frimesa, Elias José Zydek e autoridades
da região.
Fonte: Governo do Estado do Paraná / Foto: AriDias/AEN
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