Publicado em: 03/10/2023
A Frente Parlamentar de Engenharias, Agronomia, Geociências e
Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável fez sua primeira reunião na manhã
desta segunda-feira (2), na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). No rol de
temas elencados sobre os quais os parlamentares pretendem se debruçar estão os
principais projetos de infraestrutura gestados para o estado, como o novo pedágio, a ponte de Guaratuba e a Nova Ferroeste.
O coordenador da Frente Parlamentar, deputado Fabio Oliveira
(Podemos), destacou alguns dos principais objetivos: fiscalizar e acompanhar o
modal rodoviário, as obras da Ponte de Guaratuba, a execução do Plano Estadual
do Gás, a concessão do Canal de Acesso ao Porto de Paranaguá, avaliar o
programa Voe Paraná, acompanhar a Nova Ferroeste e a possível prorrogação da
Malha Sul, além de analisar os lotes dos pedágios do Paraná.
“Nos pedágios, vamos analisar minuciosamente os novos
contratos e garantir que as rodovias estaduais estejam em ótimas condições,
cumprindo os prazos estabelecidos. Trabalharemos para tornar as informações
sobre pedágios acessíveis ao público, promovendo principalmente transparência”,
afirmou o deputado. O parlamentar prometeu a publicação, com regularidade, de
relatórios sobre resultados e desenvolvimento da Frente Parlamentar.
O secretário de Planejamento do estado do Paraná, Guto Silva,
afirmou que a Frente Parlamentar veio "em boa hora" e que “não há
país desenvolvido sem engenharia firme”. De acordo com ele, é preciso pensar de
forma colaborativa o futuro do estado. Também participaram da reunião inicial,
de abertura dos trabalhos, representantes do Conselho Regional de Engenharia e
Agronomia do Paraná (Crea-PR), Sistema Ocepar, Federação das Indústrias do
Estado do Paraná (Fiep), Federação da Associações Comerciais e Empresariais do
Estado do Paraná (Faciap) e Federação da Agricultura do Estado do Paraná
(Faep).
Setores e deputados
criticam baixa concorrência no lote 2 do pedágio
As entidades presentes demonstraram preocupação com a baixa concorrência no
leilão do lote 2 do pedágio no Paraná, ocorrido na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) na última
sexta-feira (29). Com previsão de investimentos de R$
10,8 bilhões, a EPR, única concorrente, ofereceu desconto de
0,08% sobre as tarifas previstas no edital de concessão.
“Na sexta-feira, nós acompanhamos o leilão do segundo lote.
Saiu na imprensa que o setor produtivo não estava contente com o leilão. E, na
verdade, não está mesmo, mas vamos contextualizar”, destacou Fernando Moraes,
presidente da Faciap. Ele pontuou que, com o avanço do segundo lote, muitas
obras aguardadas vão acontecer no estado. Contudo, o desconto ficou aquém do
esperado. “A gente queria mais players (participação de mais empresas
relevantes no segmento).
Quando existem mais players, existe mais desconto. O desconto
foi praticamente zero”, opinou. O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto
Ricken, também disse que “se tivesse mais concorrentes, seria importante”.
O deputado Moacyr Fadel (PSD) evidenciou que a frente
parlamentar irá fiscalizar as obras previstas nas novas concessões de rodovias
no Paraná. “Tivemos apenas uma concorrente. Essa concorrente precisa fazer em 7
anos. É importante estarmos juntos fiscalizando para que as obras saiam do
papel. Não somente um pedágio mais barato, mas um pedágio eficiente”, disse ele
sobre o resultado do lote 2. Ainda não há previsão de quando acontecerão os
demais quatro lotes previstos para o novo pedágio paranaense.
“Não é o melhor cenário ter tido só uma empresa participando.
A gente percebe claramente que o desconto foi praticamente nada. Isso melhorou
nossa situação, mas poderia ser melhor se tivesse um processo competitivo no
leilão”, afirmou o parlamentar Fabio Oliveira.
Fonte: Gazeta do Povo/ Foto: Gabriele Bonat/
Gazeta do Povo
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