Publicado em: 13/08/2025
O Brasil mantém 99% de suas rodovias pavimentadas com asfalto, material que exige manutenção frequente e tem vida útil limitada, mesmo diante de exemplos nacionais e internacionais que comprovam a durabilidade do concreto, capaz de resistir por décadas sem grandes reparos.
A opção pelo asfalto é historicamente associada ao custo inicial mais baixo e à execução mais rápida. No entanto, especialistas apontam que, em rodovias de alto tráfego, o desgaste aparece em poucos meses, gerando um ciclo constante de obras e gastos. Já o concreto, adotado em larga escala nos Estados Unidos desde os anos 1950, pode durar entre 30 e 60 anos com mínima manutenção.
Nos EUA, a decisão de usar concreto surgiu de um planejamento estratégico iniciado no governo Dwight D. Eisenhower, inspirado na eficiência das rodovias alemãs durante a Segunda Guerra Mundial. O objetivo era garantir infraestrutura duradoura para defesa, economia e logística nacional.
No Brasil, fatores como ciclos políticos curtos, orçamentos restritos e a consolidação da indústria do asfalto mantêm o modelo vigente, mesmo que, a longo prazo, ele represente custos maiores para o Estado e prejuízos para os usuários.
Fonte: CPG
