Publicado em: 20/07/2022
Cascavel – Representantes de
entidades do setor produtivo e do Poder Público da região Oeste do Paraná
estarão reunidos com as lideranças do G7, grupo formado pelas principais
entidades representativas do setor produtivo no Estado, para discutir a
atualização do Plano Estadual de Logística em Transporte do Estado – PELT 2035.
O encontro de Cascavel, hoje (20), é a terceira de uma série de reuniões
que está sendo realizada em todo o Paraná para debater a atualização do Plano
de Logística e os principais gargalos para os próximos anos. Além disso, o
documento atualizado será entregue ao próximo governador do Paraná e ao próximo
presidente da República.
Elaborada em uma construção coletiva que envolveu representantes de
diversas entidades, a última versão do PELT foi lançada em 2016. O plano
apresenta as necessidades de obras para desenvolver a infraestrutura do Estado
em cada uma das regiões e foi entregue ao governador Ratinho Junior e ao
presidente Jair Bolsonaro após a eleição de ambos.
Na versão de 2016, eram 99 obras e projetos prioritários para que o
Estado elimine gargalos logísticos até 2035, o que resultaria em maior
eficiência, menores custos e mais competitividade para o setor produtivo. Do
total de intervenções, 60% diziam respeito a rodovias, 15% ao Porto de
Paranaguá, 15% a aeroportos e 10% a ferrovias.
De acordo com o coordenador do Conselho Temático de Infraestrutura da
Fiep (Federação das Indústrias do Paraná), Edson Vasconcelos, desde o
lançamento da última versão do plano, 24% das intervenções já foram concluídas,
55% das demandas já se encontram em fase execução e os outros 21% ainda não
tiveram início.
Prioridades da região
Os principais gargalos do Oeste previstos na versão do Plano de
Logística em Transporte em 2016 eram nos modais rodoviário, ferroviário e
aeroviário. A última versão do PELT previa que a necessidade de investimentos
nos aeroportos de Cascavel, Toledo e Foz do Iguaçu. Segundo Vasconcelos, esse
foi justamente um dos modais que receberam a devida atenção e investimentos.
“Na nossa região o aeroporto que tinha dificuldades, saiu do papel.”
Já no modal ferroviário a implementação da Nova Ferroeste, ligando
Maracaju-MS ao Porto de Paranaguá, com implantação de ramal ligando Santa
Catarina ao Oeste do Paraná eram as prioridades. Nesse modal também houve
avanço. O projeto da Nova Ferroeste já foi finalizado e deverá ser licitado
entre esse ano e o próximo.
Contudo, segundo Vasconcelos, os investimentos no setor rodoviário foram
os que menos avançaram desde 2016. A duplicação da BR-163, trecho entre
Cascavel e Marmelândia, distrito de Realeza, por exemplo, que era uma das
prioridades do PELT, e uma expectativa de que o governo Federal finalizasse,
segue paralisada. Já obras que eram necessárias e não tinham uma previsão de
início, começaram e estão quase finalizadas, como a reestruturação do Trevo
Cataratas, em Cascavel.
Segundo Vasconcelos, nas concessões das rodovias do Estado estão
previstas as principais obras de infraestrutura do PELT. Contudo, segundo ele,
o atraso na licitação das concessões prejudicou o modal.
Obra de reconfiguração do Trevo
Cataratas, que não estava prevista no plano, já está em fase de conclusão
Visão de longo prazo e planejamento
De acordo com Vasconcelos, os encontros regionais para atualização do
PELT são importantes para que o Estado tenha uma visão de longo prazo que
oriente o planejamento na área. “A revisão do PELT, entendendo aquilo em que
avançamos e de que forma avançamos, além daquilo que temos que colocar em pauta
agora em um ano eleitoral para conseguir fazer um alinhamento com os
governantes, é de suma importância.”
Fonte: O Paraná / Foto: Secom
